A oxigenoterapia hiperbárica é um tipo de modalidade terapêutica que se baseia na inalação de oxigênio puro em um ambiente com uma pressão 2 a 3 vezes a pressão atmosférica. Nesse processo, ocorre o aumento de aproximadamente 20 vezes o volume de oxigênio que circula normalmente no sangue, produzindo diversos benefícios ao paciente, como o combate de infecções bacterianas e fúngicas, sendo esse método muito importante para pacientes acometidos por diabetes, já que os mesmos possuem maior dificuldade na cicatrização da pele.
A câmara hiperbárica é uma espécie de tubo fechado que geralmente é pressurizado com ar comprimido ou oxigênio puro, podendo ser câmaras de grande porte ou pequeno porte , sendo o primeiro para vários pacientes, já o segundo apenas para um paciente. A câmara é indicada para o tratamento de queimaduras, lesões pré-diabéticas, infecções bacterianas, intoxicação por monóxido de carbono, entre outros.
Nas câmaras multipacientes o oxigênio é administrado através de máscaras e capacetes de plástico, já em câmaras monopacientes, ocorre a inalação direta do oxigênio da câmara, aumentando assim a quantidade de oxigênio corporal.
Figura 1: Câmaras monopacientes Figura 2: Câmaras multipacientes
Fonte: Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica Fonte Instituto de Medicina Hiperbárica
A oxigenoterapia é baseada nos fundamentos de alguns leis da química, por exemplo, a lei de Henry, já que à medida que aumenta a pressão do gás sobre um líquido, aumenta a solubilidade desse gás no líquido, dessa forma com as câmaras hiperbáricas é possível aumentar a pressão e consequentemente aumentar a solubilidade do oxigênio no sangue.
A lei de Dalton é outra lei que pode ser observada nesse tipo de técnica, principalmente no tratamento da Doença de descompressão, doença comum em mergulhadores, no qual use-se mistura de gases,como nitrox (nitrogênio + oxigênio) , logo de acordo com a lei de Dalton ,a pressão total do gás é a soma das pressões parciais existentes, ou seja, à medida que aumenta a pressão total da câmara, aumenta as pressões parciais dos gases existentes, facilitando assim o tratamento dessa enfermidade.
Essa modalidade terapêutica , apesar de ser um tratamento seguro e eficaz e com poucos efeitos colaterais, ela é um técnica que possui algumas condições que impossibilitam o paciente a se submeter ao tratamento hiperbárico, por exemplo durante o uso do quimioterápico Doxorrubicina e a medicação Sulfamylon. Portanto, é extremamente necessário saber quando e em que condições pode ser realizado o tratamento, dessa forma é possível obter da melhor forma os benefícios desse tratamento.
Bibliografia
ANDRADE, Sabrina Meireles de; SANTOS, Isabel Cristina Ramos Vieira. Oxigenoterapia hiperbárica para tratamento de feridas. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 37, n. 2, 2016.
Portal Saúde Business. Câmara hiperbárica acelera cicatrização de feridas e pode salvar vidas . Disponível em: https://saudebusiness.com/voce-informa/camara-hiperbarica-acelera-cicatrizacao-de-feridas-e-pode-salvar-vidas/ . Acesso em : 06 de outubro de 2020
Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica. Medicina hiperbárica o que é? . Disponível em: https://sbmh.com.br/medicina-hiperbarica/o-que-e/ . Acesso em : 06 de outubro de 2020
ZAMBON, Lucas Santos . Oxigenoterapia hiperbárica . Disponível em: https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5418/oxigenioterapia_hiperbarica.htm . Acesso em: 06 de outubro de 2020