Fonte: https://falauniversidades.com.br/o-que-fazia-um-alquimista-na-idade-media-descubra-aqui/

Alquimistas e o surgimento da química como ciência


Certamente você já ouviu falar na pedra filosofal, um objeto místico retratado em várias obras da ficção, esse objeto por muito tempo foi um dos objetivos inatingíveis dos alquimistas, acreditando que seria possível a transformação de um metal em outro por meio de uma técnica chamada por eles de “transmutação”, que de fato não era possível, mas os alquimistas tiveram um grande papel para o surgimento do estudo de química.

Estima-se que a alquimia tenha se originado em Alexandria entre 300 a.C e 1500 d.C com o desenvolvimento de uma arte egípcia chamada khemeia e com a mistura com a cultura grega, utilizando-se dos pensamentos de Aristóteles de que haviam 4 elementos que quando combinados poderiam formar qualquer objeto físico, e com passar do tempo espalhou-se entre os continentes europeu e asiático.

Os alquimistas surgiram como falsificadores, mudando a aparência de metais para que parecessem ouro e prata, a partir disso surgiu um pensamento de que seria possível a alteração da matéria para transformação de metais com a utilização de um artefato que possuiria características corpusculares destes: a pedra filosofal. Com a descoberta do etanol no processo de destilação do vinho, visto na época como uma água inflamável capaz de preservar materiais orgânicos, os alquimistas imaginaram que com a combinações de substâncias diferentes seria possível a obtenção de um líquido capaz de dar a vida eterna a aquele que o tomasse: o elixir da longa vida.

Com o movimento do renascentismo crescente, havia o pensamento de que cada coisa possuía uma explicação racional, e instigava o experimentalismo, assim, a busca por substâncias como a pedra filosofal e elixir da longa vida começaram a ser deixadas de lado para experimentos voltados a descoberta de substâncias medicinais capazes de curar pessoas doentes, além disso, para que uma descoberta seja considerada válida começou-se a exigência de uma correlação entre experimentação e pensamento lógico, o que culminou com Robert Boyle, introduzindo o método científico, e separando definitivamente a química da alquimia e seus misticismos, defendendo a necessidade de experimentos, e não só hipóteses que fariam sentido do ponto de vista filosófico, o que teria grande influência no movimento iluminista e consequentemente para o considerado fundador da química moderna Antoine Laurent Lavoisier.

 

Bibliografia:

Burbidge, E. Margaret, Geoffrey Ronald Burbidge, William A. Fowler, and Fred Hoyle. “Synthesis of the elements in stars.” Reviews of modern physics 29, no. 4 (1957): 547.

FOGAÇA, Jennifer. Manual da Química. Da alquimia à Química. Disponível em: <https://www.manualdaquimica.com/curiosidades-quimica/da-alquimia-quimica.htm>. Acesso em: 18 de maio de 2021.

SOUSA, Bianca. Falauniversidades. O que fazia um alquimista na idade média. Disponível em: <https://falauniversidades.com.br/o-que-fazia-um-alquimista-na-idade-media-descubra-aqui/>. Acesso em: 18 de maio de 2021.

SOUZA, Líria Alves de. Mundo Educação. Alquimia. Disponível em: < https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/alquimia.htm>. Acesso em: 18 de maio de 2021.