Em pleno século XXI, nada é mais comentado em todos os ramos da sociedade do que as questões ambientais. Não é para menos, nos últimos anos foi possível observar grandes consequências da poluição e do uso incessante de matérias primas. Dessa forma, é uma tendência nas áreas industriais buscar reciclar o que for possível visando menor impacto ao meio ambiente.
As indústrias de tintas utilizam diversas matérias primas para chegar ao seu produto final. Mesmo os fabricantes investindo bastante em pesquisas para substituição de matérias primas tóxicas ao ambiente, muitas ainda são indispensáveis. Diante disso, a reciclagem e reutilização de tintas vêm sendo cada vez mais utilizadas.
Figura 1: Coleta de tintas.
Segundo o ministério do meio ambiente, a reciclagem é um conjunto de técnicas de reaproveitamento de materiais descartados, reintroduzindo-os no ciclo produtivo. A reutilização de tintas é muito benéfica, pois alguns pigmentos e outros componentes são considerados tóxicos. Assim, a mal destinação dessas substâncias podem gerar desequilíbrio ambiental.
Diante desse quadro, algumas empresas estão se aventurando no ramo da reciclagem de tintas e afirmam que esse mercado está em crescimento constante. O processo de reciclagem começa pela recepção dos resíduos de tintas da indústria e de tintas fora do prazo de validade. Esses materiais serão avaliados, separados por cor e brilho e posteriormente processados (destruição das borras de tinta) dentro da empresa responsável pela reciclagem. Em seguida, passa pela filtragem, tingimento e o envase.
As empresas especializadas nessa reciclagem afirmam que o produto final mantém a maior parte das propriedades da tinta com um custo bem menor que o produto original. Os grandes proprietários de terras são os maiores consumidores desse tipo de tinta pois lhe oferecem um bom custo benefício diante das grandes áreas a serem pintadas.
A indústria gráfica tem se mostrado disposta a substituir matérias primas convencionais por outras sustentáveis. Dessa forma, com esforços de pesquisadores da universidade de Brasília e da Embrapa, foi possível transformar óleo de fritura em tinta para impressão. A maior parte do óleo de fritura produzido tem como destinação final os lagos e rios. Para fabricação dessa tinta, o óleo passa por um processo de filtragem e, posteriormente, aquecimento a altas temperatura que com auxílio de um catalisador irá propiciar mudanças nas propriedades do óleo, o tornando mais viscoso. Adicionando pigmento a esse subproduto, têm-se a tinta que pode ser utilizada para impressões offset ou litográficas.
Referências:
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