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Aedes Aegypti: O pequeno grande vilão


0,5 cm a 1 cm. Essa é a minúscula dimensão de um dos mais perigosos vilões do homem. O Aedes aegypti é um mosquito originário do Egito (algo até bem sugestivo) e que se adaptou muito bem ao clima do Brasil e de outros países equatoriais.

Diferente de outras espécies de mosquito, o Aedes aegypti é silencioso, entretanto, pode transmitir diversas doenças como a chikungunya, a dengue, a febre amarela e a zika que são as principais causadoras das lotações dos postos de saúde e unidades de pronto atendimento (UPA’s).

Ciclo de vida

Este ciclo subdivide-se em quatro fases. Primeiramente se tem a deposição dos ovos em um ambiente com água parada que após cerca de três dias eclodem com a liberação das larvas. As larvas após aproximadamente uma semana do início do ciclo se transformam em pupa. Esse estágio é caracterizado por ser o mais curto do ciclo durando por volta de dois dias até transforma-se em um mosquito adulto pronto para transmitir todas as doenças já citadas.

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Figura 1 Ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti (Imagem de: Neovech/Blue Ring)

 

Geralmente são as fêmeas do mosquito Aedes aegypti que picam o ser humano, pois elas necessitam do nosso sangue para o bom desenvolvimento dos ovos. Quando se inicia o período anual de chuvas no brasil, além de trazer esperança para a população que sofreu com a seca, também gera um alerta aos órgãos de saúde pública que intensificam seus trabalhos em busca de impedir a propagação de uma epidemia de dengue, zika e chikungunya.

Dengue

Doença bastante conhecida pelos brasileiros e os seus casos registrados só crescem. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de quatro bilhões de pessoas vivam em área com risco de infecção da doença. Os sintomas são bastante similares ao de um quadro gripal, incluindo febre alta, dores musculares, de cabeça e nas articulações.

 

Zika

O zika vírus se manifesta como uma doença não contagiosa que começa a mostrar-se ativa cerca de 10 dias após a picada do Aedes aegypti e possui como sintomas principais a conjuntivite, dores musculares por todo o corpo e fortes dores de cabeça.

Estudos científicos que relacionam casos de bebês com microcefalia e o vírus da zika têm tirado o sono de muitas gestantes. O Ministério Da Saúde orienta que essas grávidas tomem ainda mais cuidados para se protegerem contra o tal vírus.

 

Febre Chikungunya

Não é apenas o nome que é difícil, as dores e os outros fortes sintomas fazem com que a febre Chikungunya seja uma das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti com os sintomas mais intensos. Em muitos casos, os pacientes ficam impossibilitado de andar devido as fortes dores musculares e nas articulações.

 

Febre Amarela

Atualmente vivemos com uma infestação de casos dessa doença em diversas regiões do Brasil. A febre amarela se apresenta com uma infecção grave, contudo em alguns casos, os infectados não apresentam os sintomas ou estes são muito sutis. Dentre esses principais sintomas temos as dores de cabeça e no corpo e febres altas acompanhadas de calafrios. Até a conclusão desse texto o ultimo caso confirmado de febre amarela de ciclo urbano, da qual o Aedes aegypti é o principal transmissor, foi em 1942. A crise atual é devido a casos de febre amarela silvestre, normalmente transmitida por outros mosquitos, mas o risco de infecções urbanas é real.

 

Com a existência de todas essas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, os órgãos de saúde, anualmente, lançam novas campanhas publicitárias com intuito de combater a proliferação do mosquito.

Vale ressaltar que altos investimentos em publicidade não resolverão em nada o problema, se a população não se conscientizar que seus atos são determinantes para a preservação da saúde das demais pessoas. O combate contra o mosquito Aedes Aegypti é árduo e cansativo, contudo, 0,5/1 cm não pode ser maior do que você.

 

Referências

SOBRE O AEDES AEGYPTI. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/links-de-interesse/301-dengue/14610-curiosidades-sobre-o-aedes-aegypti>. Acesso em: 11 mar. 2017.

Dengue. Disponível em: <http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/curiosidades.html>. Acesso em: 11 mar. 2017.

 

Aegypti, S. Ciclo de vida do mosquito da Dengue. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/ciclo-de-vida-do-aedes-aegypti/>. Acesso em: 11 mar. 2017.

 

Ambiental, M. Mosquito Aedes aegypti: O desequilíbrio ambiental | AquaA3 Aquarismo. Disponível em: <https://www.aquaa3.com.br/2016/03/mosquito-aedes-aegypti-o-desequilibrio-ambiental.html>. Acesso em: 12 mar. 2017.

 

Dengue. Disponível em: <https://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/dengue?gclid=Cj0KEQiAgJTGBRDLr5_az_Ouk44BEiQAIxaA4vcXmMnn1TsXt-up19HS64864J_sji_5Fdeo0Tbo3p4aAg838P8HAQ>. Acesso em: 12 mar. 2017.

 

Fonte da imagem de chamada: Campánha UFC e Você contra o mosquito. Disponível em: <http://www.aedes.ufc.br>. Acesso em 03 de abril de 2017.

 

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