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Breve Resumo Sobre Pílulas Anticoncepcionais


1 INTRODUÇÃO

Os métodos contraceptivos são pesquisados e utilizados desde a Grécia antiga (Hipócrates já sabia que as sementes de cenouras selvagens eram capazes de prevenir a gravidez) [1].

A aprovação da utilização de pílulas contraceptivas (ocorrida em meados de 1960) foi uma revolução na área médica, industrial e social ao redor de todo o mundo, mas os efeitos colaterais das pílulas (na época de seu lançamento eram muito intensos), como aumento da coagulação sanguínea, o que pode ocasionar trombose, retenção de líquidos e problemas relacionados à depressão, geraram controvérsias.  Atualmente, os remédios contraceptivos foram aperfeiçoados para gerar menores ou nenhum efeito colateral e podem ser utilizados por uma grande parte da população, sendo suas contraindicações direcionadas apenas para pessoas com predisposição às doenças antes relacionadas ao seu uso.

O uso de pílulas anticoncepcionais é um método eficaz para evitar a gravidez, além de poder ser utilizado para amenizar o fluxo menstrual e aliviar cólicas, sendo assim recomendados em alguns casos por ginecologistas.

2 FUNCIONAMENTO E TIPOS

A ovulação ocorre através do aumento dos hormônios progesterona e estrógeno. A maior parte das pílulas anticoncepcionais é composta por dois hormônios sintéticos que imitam o estrógeno e a progesterona, o que “engana” o cérebro e impede que ele produza estes hormônios e assim não ocorra a ovulação.

Alguns antibióticos como ampicilina e doxiciclina, podem interagir com os anticoncepcionais, o que pode ocasionar alguns problemas [2]. Mesmo assim, os únicos antibióticos, comprovados cientificamente, que podem anular o efeito de pílulas contraceptivas são a Rifampicina e seus derivados, normalmente utilizados no tratamento de Tuberculose.

Um mecanismo proposto para a interação do antibiótico com o contraceptivo oral(CO) leva em consideração o cicloêntero-hepático:

Os CO’s, após ingeridos, são absorvidos pelo trato gastrointestinal, levados, através da corrente sanguínea, até o fígado, onde seus componentes principais (o estrógeno e a progesterona sintéticos) são metabolizados e possuem como grande parte do seu produto (entre 42% e 58%) compostos sem atividade contraceptiva (conjugados sulfatados e glucuronídeos), sendo que estes necessitam retornar ao trato gastrointestinal para serem hidrolisados por bactérias e adquirirem caráter de estrógeno ativo (possui efeito contraceptivo). Alguns antibióticos podem destruir as bactérias responsáveis pela hidrolise, reduzindo o nível de estrógeno ativo. [6]

Existem três tipos básicos de pílulas [3]:

1]Monofásica:  É o tipo de pílula mais popular, sendo formada por doses iguais de estrógeno e progesterona. Sua utilização é diária, se inicia entre o primeiro e o quinto dia da menstruação e termina quando acaba a cartela.

2]Multifásica: São pílulas com dosagens diferentes de hormônios que variam conforme a fase do ciclo e podem ter menos efeitos colaterais.

3]Minipílula: É um tipo de pílula de baixa dosagem, sendo formada por um único hormônio, que normalmente é a progesterona. Seu uso é diário, sem interrupção e costuma ser ministrado durante a amamentação.

 

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Figura 1- Ciclo menstrual resumido. Fonte: http://andreiatorres.com.br/blog/emagrecimento-para-mulheres

 

3 ALGUMAS INDICAÇÕES DE CO’s

  1. Para quem sofre com retenção de líquidos: uso de pílulas com drospirenona, já que estas anulam estimulantes de reabsorção de água. [7]
  2. Para quem sofre de dor de cabeça: uso de pílulas sem o Estrogênio, pois este possui efeito vasoconstritor. [7]
  3. Para quem sofre com pele e cabelos oleosos: uso de pílulas com gestodeno, que possuem efeito antiandrogênico, podendo regular a oleosidade da pele. [7]
  4. Para quem sofre com tensão pré-menstrual: o uso de Pílulas com drospirenona, que possuem efeito diurético e diminuem o estresse típico. [7]
  5. Para mulheres fumantes, hipertensas e obesas: Uso de minipílula (pílula de progesterona) e implante anticoncepcional. [8]
  6. Para mulheres com histórico de AVC e/ou doença cardíaca isquêmica: O não uso de CO’s, sendo recomendados outros métodos, como o uso de DIU (dispositivo intrauterino). [8]

 

4 CONCLUSÃO

O uso de medicamentos anticoncepcionais pode ser benéfico, contanto que o usuário procure acompanhamento médico, já que o uso desses medicamentos varia das individualidades de cada pessoa, suas necessidades e estilos de vida.

 

REFERÊNCIAS

 

  • Breve História da Contracepção .Disponível em :<https://pharma.bayer.com.br/pt/areas-terapeuticas/saude-de-a-a-z/contracepcao/metodos-contraceptivos/historia-contracepcao/index.php>Acesso em: 06/02/2018
  • Pílulas Anticoncepcionais. Disponível em :<http://gpquae.iqm.unicamp.br/textos/T2.pdf>Acesso em: 06/02/2018
  • .Disponível em :<http://www.sobiologia..com.br/conteudos/Anticoncepcionais_doencas/metodos4.php>Acesso em: 06/02/2018
  • Conheça os hormônios usados nas pílulas anticoncepcionais. Disponível em :<https://www.dicasdemulher.com.br/conheca-os-hormonios-usados-nas-pilulas-anticoncepcionais/> Acesso em: 06/02/2018
  • INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DA PÍLULA ANTICONCEPCIONAL. Disponível em :<https://www.mdsaude.com/2008/12/interao-medicamentosa-anticoncepcionais.html> Acesso em: 21/03/2018
  • Efeito dos antimicrobianos sobre a eficácia dos contraceptivos orais. Disponível em :<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-06631998000300007> Acesso em: 21/03/2018
  • VEJA QUAL O MELHOR ANTICONCEPCIONAL PARA CADA CASO. Disponível em :<https://convivendocomsop.wordpress.com/2016/04/05/veja-qual-o-melhor-anticoncepcional-para-cada-caso/> Acesso em: 21/03/2018
  • MÉTODO ANTICONCEPCIONAL MAIS INDICADO PARA CADA SITUAÇÃO. Disponível em :<https://www.mdsaude.com/2015/06/anticoncepcional-problemas-de-saude.html> Acesso em: 21/03/2018