
LEGENDA: A série de três imagens exemplifica o ganho proporcionado pela técnica de Betzig. À esquerda, a imagem da membrana de um lisossomo, uma organela celular, feita com microscopia convencional. No meio, a mesma organela, em uma das primeira imagens feitas pelo cientista com seu novo método. À direita, uma ampliação dessa imagem revela as moléculas da membrana (Foto: Divulgação/Real Academia de Ciências da Suécia
Na última quarta-feira, 08 de outubro, o Prêmio Nobel de Química 2014, oferecido em reconhecimento aos avanços científicos na área, foi atribuído aos cientistas norte-americanos Robert Eric Betzig (January 13, 1960) e William Esco Moerner (June 24, 1953) e ao alemão Stefan Walter Hell (23 December 1962) pelo desenvolvimento da microscopia de altíssima resolução para fluorescência. Os cientistas foram premiados conjuntamente, entretanto, seus projetos foram desenvolvidos separadamente.
Eric Betzig e William Moerner desenvolveram a microscopia molecular. Este aparelho ativa proteínas fluorescentes, fazendo-as brilhar, a partir de um pulso de luz incidido sobre as mesmas. As imagens resultantes são pouco definidas e são processadas utilizando-se a teoria de probabilidades. A superposição das imagens origina uma imagem de alta resolução que possibilita a análise individual das proteínas.
Stefan Hell desenvolveu a microscopia STED, que trata-se de um equipamento constituído por dois lasers que atuam sobre a amostra a ser estudada. Um dos lasers “acende” as moléculas fluorescentes, e o outro laser “apaga” as moléculas fluorescentes que não desejam ser analisadas. Os lasers percorrem toda a amostra, captando a riqueza de detalhes em sua estrutura e transmitindo os resultados obtidos em altíssima resolução.
As técnicas desses três cientistas hoje são amplamente usadas em pesquisa e aplicações médicas. Graças a elas foi possível, por exemplo, entender como determinadas proteínas se comportam em organismos de pessoas com doenças como Parkinson e Alzheimer. Novas descobertas usando o conhecimento produzido por eles são feitas diariamente.
Referência: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/trio-ganha-nobel-de-quimica-de-2014-por-avanco-em-microscopia.html> Acesso em 09/10/2014