Em meio a crise financeira que assola nosso país, algumas pessoas acreditam que um elemento químico seria capaz de salvar o Brasil. Mas o que tem de tão especial nesse minério e por que não se ouve falar tanto dele? Mais adiante teremos as respostas para esses questionamentos.
Em 1801, o químico inglês Charles Hatchett descobriu o Nióbio em uma amostra mineral enviada para ser analisada. Primeiramente, o minério foi chamado de “columbium” e era muito confundido com Tantálio. Contudo, só em 1844 o químico alemão Heinrich Rose percebeu que se tratava de um elemento diferente, o qual nomeou de “niobium” em referência a deusa grega Níobe, filha do rei Tântalo. Em 1850, a União Internacional de Química Pura e Aplicada (no inglês IUPAC) nomeou oficialmente de Nióbio o elemento 41 da tabela periódica.
O Brasil é o maior produtor mundial de Nióbio e a maior reserva do mundo se encontra na cidade de Araxá, no estado de Minas Gerais. Mas o que torna o Nióbio tão importante e por que não se fala em exportá-lo? Esse elemento possui várias utilidades, como produção de ligas metálicas. Segundo pesquisas, a adição de 100 gramas do metal em uma tonelada de aço faz com que a liga fique mais forte, leve e maleável e ainda é um material condutor, o que permite sua utilização em turbinas de aviões, aparelhos eletrônicos, de ressonância magnética, marca-passos, mísseis, usinas nucleares, sensores de sondas espaciais e e.t.c.
Se tem tanta utilidade e o Brasil possui a maior reserva do metal, por que não ganhar dinheiro com sua exploração? Pois bem, esse assunto gerou muita polêmica e chegou até a ser citado no mensalão. Um dos questionamentos levantados era o valor a ser cobrado. Enquanto uns consideravam o metal vendido a “preço de banana”, outros diziam ser o preço justo, pois levavam em consideração que o nióbio tem características muito semelhantes ao Vanádio e ao Titânio e, como muitos países produzem Titânio, é mais vantajoso explorar o seu próprio minério do que importar minério caro de outro país. Por conta disso, não aumentam o preço do minério.

Imagem: Nióbio
Fonte:http://www.conservadorismodobrasil.com.br/2017/05/niobio-maior-riqueza-brasileira.html> Acessado em 17/04/2018
Entretanto, uma alternativa para o Brasil lucrar com a exploração do minério seria investir em tecnologia de ponta, ou até mesmo em indústrias de base, pois, como foi citado anteriormente, o Nióbio possui uma infinidade de utilidades. Porém, o país não aproveita isso da melhor forma, visto que exporta matéria prima de baixo custo e importa mercadorias que são feitas com sua própria matéria prima por um valor bem mais caro. Assim, o meio do Brasil se desenvolver não seria através da exportação e sim através de exploração do minério para o próprio uso.
Referências:
https://super.abril.com.br/ciencia/a-verdade-sobre-o-niobio/> Acessado em 17/04/2018
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera-cobica-mundial-controversia-e-mitos.html> Acessado em 17/04/2018