Quando Chemie Grunenthal, H. Wirth e N. Mueckler sintetizaram a talidomida, em 1953, eles não faziam ideia da toxidade dessa molécula e da tragédia que ela geraria, já que naquela época os testes realizados eram bem básicos e foram incapazes de diagnosticar o real perigo da ingestão da talidomida.
Como pode ser visto na imagem acima, a talidomida apresenta um carbono quiral, ou seja, um carbono que se liga a quatro grupamentos distintos. Isso propicia a existência de dois isômeros: a R-talidomida e a S-talidomida, que fisicamente se assemelham bastante, mas quimicamente apresentam muitas diferenças.
A talidomida é um fármaco que foi muito utilizado como sedativo, mas também como medicamento contra enjoos pertinentes no inicio da gravidez. Entretanto, não era de conhecimento público os efeitos da sua ingestão. A partir do ano de 1959, o alto número de crianças nascidas com deficiências físicas foi finalmente relacionado com a utilização da talidomida durante a gestação.
Descobriu-se que a R-talidomida é o isômero ativo responsável por diminuir os enjoos e também trazia benefícios no tratamento da hanseníase e de algumas espécies de câncer. Contudo, o outro isômero (S-talidomida) também é ativo e gera efeitos negativos, como a má formação congênita dos fetos. Com o avanço das pesquisas sobe o medicamento, buscou-se sintetizar somente a R-talidomida, porém pequenas quantidades da S-talidomida continuavam presente.
Com base nas informações anteriores, a ingestão da talidomida por mulheres em idade fértil é extremamente proibida.
A talidomida é certamente uma das moléculas mais importantes, que se bem ministrada pode ser uma ferramenta para melhoria do bem-estar de algumas pessoas que apresentam certas enfermidades. Sabendo da sua importância, a temática foi bem abortada no Exame Nacional do Ensino Médio do ano de 2014.
Referências
Deficiente ciente. (2018). Um pouco de história sobre talidomida. Disponível em: https://www.deficienteciente.com.br/um-pouco-de-historia-sobre-talidomida.html [Acesso em 2 de fevereiro de 2018].
Educacao, P. (2018). Portal Educação – Artigo. [online] Portaleducacao.com.br. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/historia-da-talidomida/41764 [Acesso em 2 de fevereiro de 2018].
Informtática, N. (2018). | ABPST | Associação Brasileira de Portadores da Síndrome da Talidomida. [online] Talidomida.org.br. Disponível em: http://www.talidomida.org.br/oque.asp [Acesso em 2 de fevereiro de 2018].