O tema de armas químicas tem sido amplamente abordado no último ano em função do crescente número de manifestações, trazendo a tona também a história de armas utilizadas em pequenas rebeliões e até mesmo guerras mundiais. Trouxemos aqui uma pequena amostra da complexidade de consequências que algumas moléculas podem causar dentro deste contexto. Para mais informações, acesse os links recomendados a baixo, locais de onde estas e outras informações foram retiradas.
1. Capsaicina – Spray de pimenta.
A Capsaicina existe nas frutas das Capiscicum (pimentas vermelhas), porém os sprays utilizam-se da versão sintética altamente concentrada. É utilizado pela polícia como forma de repressão de manifestações, sendo uma arma não letal. Cuidado no próximo protesto, arde bastante!
2. Gás Lacrimogênio CS.
Composto por clorobenzilideno malononitrilo é responsável por inflamação do tecido conjuntivo e do trato respiratório superior, ou seja, provoca uma dificuldade quanto a visão e respiração nos locais onde é acionado. Em doses muito altas pode ser letal, sendo utilizados em manifestações cujo número de pessoas é grande provocando assim a dispersão.
Também na linha de lacrimogênio esse gás além de provocar as mesmas reações do gás CS anteriormente citado, provoca QUEIMADURAS, isso mesmo Queimaduras! aumentando assim seu poder letal. Quando em contato com o trato respiratório provoca inflamação aguda deste. Foi utilizado na 1° Guerra Mundial como dispersante de manifestações.
4. Gás Mostarda Cl – CH2 – CH2 – S – CH2 – CH2 – Cl
Também chamado de iperita quando no organismo perde um cloreto de sua estrutura e se transforma em um íon sulfônico cíclico extremamente reativo, que é capaz de alquilar a guanina do DNA evitando assim a divisão celular, ou seja, todas as atividades biológicas base ficam comprometidas, sendo assim altamente letal. Além disso, provoca sérias feridas na pele e morte rápida por asfixia pelo fato já citado acima.
5. Gás Sarin [(CH3)2CHO]CH3P(O)F
É um organosfosforado que no organismo inibe a enzima acetilcolinesterase nas junções simpáticas, levando a parada respiratória sendo nessa lista o pior devido a instantaneidade relacionado a mortes e a periculosidade em relação a manipulação. Para se ter uma noção o sarin é estimado em mais de 500 vezes mais tóxico do que cianeto. Os EUA forneceram este tipo de gás para a guerra do Iraque contra o Irã em 1988, fazendo várias vítimas.
Referência:
Canal FalaQuímica – A Química vai a guerra: As 6 moléculas mais usadas e seus efeitos < http://falaquimica.com/?p=729& >, acesso em 25/10/14.
Links recomendados:
Armas químicas e biológicas – Superinteressante < http://super.abril.com.br/ciencia/armas-quimicas-biologicas-ciencia-servico-mal-439032.shtml > Acesso em 25/10/14.
Nuvem mortal: a ciência por trás do ataque com armas químicas na Síria – Gizmodo < http://gizmodo.uol.com.br/armas-quimicas-siria/ > Acesso em 25/10/14.