Nebulosa vem do latim nebula, que significa “névoa, vapor, fumaça”. São gigantes aglomerados que se assemelham a nuvens e que se formam no espaço após a explosão de uma estrela, geralmente massiva, no final do ciclo de sua vida. Essa explosão, chamada de supernova, lança a matéria da estrela no espaço, originando uma ou mais nebulosas, diferentes em formato e extensão. Constituem-se de poeira e gases de elementos básicos, como hidrogênio e hélio, e podem a ter o tamanho de uma galáxia. Existem quatro tipos de nebulosa: de emissão, de reflexão, escuras e planetárias
As nebulosas de emissão caracterizam-se pela presença de grandes massas de gases excitados por altas temperaturas. Os átomos da nuvem são energizados pela radiação ultravioleta de uma estrela próxima, e emitem radiação à medida que voltam ao seu estado fundamental. Como são compostas, basicamente, por hidrogênio, as nebulosas de emissão possuem coloração avermelhada, fator que pode ser explicado pelo espectro de emissão do átomo de hidrogênio.
Nebulosa da Águia, descoberta em 1745 por Philippe de Chéseaux. Recebe esse nome por sua forma lembrar a de uma águia. Fonte: < http://www.ccvalg.pt/astronomia/nebulosas/nebulosas_emissao.htm>
Outro tipo de nebulosa é a de reflexão, também conhecidas como nebulosas difusas. Por não serem suficientemente energizadas pela radiação ultravioleta de estrelas próximas, os gases presentes na nuvem não ionizam. Dessa forma, a luz incidente é apenas refletida pelas partículas de poeira. As nebulosas de reflexão possuem, geralmente, tons azuis, isso acontece por causa da forma que a radiação estelar é dispersada pelas partículas de poeira. O menor comprimento de onda da luz visível, ou seja, de tons azulados, é dispersado de forma mais eficiente do que o maior comprimento de onda.
Nebulosa de reflexão junto das estrelas de Plêiades. Crédito: Robert Gendler. Fonte:<http://www.ccvalg.pt/astronomia/nebulosas/nebulosas_reflexao.htm>
Diferente das de emissão e de reflexão, as nebulosas escuras possuem grande concentração de poeira, que absorve a luz óptica incidente, tornando a nuvem opaca em comprimentos de onda visíveis. A detecção de uma nebulosa escura só é possível devido ao contraste visual com os demais componentes celestes.
Nebulosa Cabeça de Cavalo, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. Crédito: NASA, NOAO, ESA, Hubble Heritage Team (STScI / AURA). Fonte: < http://www.ccvalg.pt/astronomia/nebulosas/nebulosas_escuras.htm>
Há também as nebulosas planetárias, que receberam esse nome porque seu formato se assemelhava a planetas quando observadas em instrumentos rudimentares. Esse tipo de nebulosa, diferente das anteriores, origina-se a partir de estrelas que não têm massa suficiente para formar supernovas. No final de suas vidas, essas estrelas passam a fundir o elemento hélio em seu núcleo, tornando-o cada vez mais comprimido e quente. Isso faz com que ele emita uma grande quantidade de partículas radioativas na forma de ventos estelares, originando a forma inicial de uma nebulosa planetária.
Nebulosa Olho de Gato, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. Crédito: NASA, ESA, HEIC, and The Hubble Heritage Team (STScI / (AURA). Fonte: < http://www.ccvalg.pt/astronomia/nebulosas/nebulosas_planetarias.htm>
Referências:
FILHO, Kepler de Souza Oliveira; SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira. Astronomia e Astrofísica. 4° Ed. 2017. São Paulo. Editora Livraria da Física.
GIANOPOULOS, Andrea. Hubble Images Dark Nebula Cloaking Stars Within Dusty Depths. Disponível em: <https://www.nasa.gov/image-feature/goddard/2021/hubble-images-dark-nebula-cloaking-stars-within-dusty-depths>. Acesso em: 02 de dezembro de 2021
CASSITA, Danielle. Foto do Hubble mostra nebulosa planetária ao redor de estrela anã branca. Disponível em: <https://canaltech.com.br/espaco/foto-do-hubble-mostra-nebulosa-planetaria-ao-redor-de-estrela-ana-branca-203069/>. Acesso em: 02 de dezembro de 2021
Centro Ciência Viva do Algarve, Núcleo de Astronomia. Nebulosas de reflexão. Disponível em: <http://www.ccvalg.pt/astronomia/nebulosas/nebulosas_reflexao.htm>. Acesso em: 02 de dezembro de 2021
Centro Ciência Viva do Algarve, Núcleo de Astronomia. Nebulosas de emissão. Disponível em: <http://www.ccvalg.pt/astronomia/nebulosas/nebulosas_emissao.htm>. Acesso em: 02 de dezembro de 2021
Centro Ciência Viva do Algarve, Núcleo de Astronomia. Nebulosas planetárias. Disponível em: <http://www.ccvalg.pt/astronomia/nebulosas/nebulosas_planetarias.htm>. Acesso em: 02 de dezembro de 2021
HELERBROCK, Rafael. Nebulosas: o que são, formação, tipos, exemplos. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/nebulosas.htm>. Acesso em: 02 de dezembro de 2021