A nova produção cinematográfica brasileira intitulada “Entre Abelhas” é estrelada por Fábio Porchat. Em uma entrevista ele disse que o título vem da teoria de que as abelhas estão sumindo no mundo – fato que seria capaz de dizimar a humanidade, uma vez que, sem polinização, estaríamos fadados ao apocalipse. Assim como os insetos são as pessoas na (falta de) visão de Bruno (Porchat). Depois de uma separação traumática, ele sofre de uma condição que o faz, gradualmente, deixar de enxergar as pessoas – sem uma explicação aparente.
Aproveitaremos esse titulo em sucesso na mídia para falar sobre um problema ambiental real e muito grave: o desaparecimento das abelhas. O Fenômeno caracterizado pela morte exponencial das abelhas foi rotulado como Colapso de Colônia em Desordem (CCD).
Um estudo realizado em Harvard prova que as abelhas estão desaparecendo e explica que isso pode ser uma consequência da enorme quantidade de pesticida nos usamos. Esse estudo foi publicado na edição de Junho do Boletim de Insetologia (ou Entomologia, é o ramo da Zoologia que estuda os insetos) e relaciona o fenômeno da morte das abelhas aos neonicotinóides (neonicotinóides ou neônicos são uma classe de inseticidas derivados da nicotina). Os neonicotinóides são inseticidas mais utilizados do mundo.
Para este estudo, os pesquisadores examinaram 18 colônias de abelhas em três apiários diferentes no centro de Massachusetts, ao longo de um ano. Quatro colônias em cada apiário foram tratadas regularmente com doses realistas de pesticidas neonicotinóides, enquanto um total de seis colmeias foram deixadas sem tratamento. Dos 12 colméias tratadas com os inseticidas, seis foram completamente eliminados.
“Muita gente acha que as abelhas são importantes apenas para o mel que produzem”, disse o entomologista Maryann Frazier. “Mas muito, muito mais importante são os seus serviços de polinização.”
O primeiro relato de CCD foi na Florida em outubro de 2006 por um apicultor de alugava abelhas para polinização de plantações. Ele relatou que quando voltou para buscar as colônias elas haviam desaparecido, não havia abelhas mortas ou doentes, apenas desapareciam. A APACAME (uma associação de apicultores e criadores de abelhas) diz que os neonicotinóides causam problemas de memoria e navegação nas abelhas, assim elas simplesmente morrem perdidas e que os neonicotinóides são absorvidos pelo sistema vascular das plantas e eliminados através do pólen e néctar, assim ao fazerem a polinização as abelhas se contaminam e contaminam outras plantas.
O site Sem Abelha Sem Alimento onde se criou uma Petição em Proteção às Abelhas, encerrada em 08 de março de 2015, que recolheu 22.190 assinaturas, que será entregue às autoridades competentes, delas exigindo uma atitude em prol da preservação das abelhas. O site também fala de algumas maneiras práticas para ajudarmos a solucionar esse problema, divulga periodicamente noticias relacionadas ao problema e nele você também pode notificar a ocorrência da morte de um apiário.
Visitem os sites: http://www.semabelhasemalimento.com.br/bee-alert/
http://www.apacame.org.br/mensagemdoce/123/artigo.htm
“Se a abelha desaparecer da face da terra, o homem teria apenas quatro anos de vida.” – Albert Einstein
Referências:
http://news.nationalgeographic.com/news/2007/02/070223-bees.html
http://www.globalresearch.ca/death-and-extinction-of-the-bees/5375684