Frequentemente, em nossas atividades do cotidiano, podemos acabar nos esquecendo de certas coisas que deveríamos fazer ou que tínhamos que guardar na memória. Podemos esquecer-nos de informações que acabamos de estudar, de coisas que deveríamos fazer em determinada hora ou mesmo, em casos mais extremos, de um encontro com a namorada ou com os amigos em certo lugar marcado com antecedência. Respostas como “cara, esqueci geral”, “vixe, nem me lembrei disso” ou, “*** esqueci!!” são muito comuns, principalmente na vida acadêmica. Essa falta de memorização muitas vezes pode ser causada por estresses, falta de horas de sono necessárias (mínimo 8 horas) ou, pelo excesso de toxinas no cérebro por conta da ingestão de álcool ou pela ingestão de alguns medicamentos. Agora que sabemos o que causa o enfraquecimento da memória, basta evita-los, o que para alguns, não é uma tarefa muito fácil.
Além das frases que nós mesmos citamos quando esquecemos algo, devemos atentar também para a frase que os outros nos dizem. Muitas vezes as frases são tratadas como brincadeira, mas na realidade mascaram algo sério, como aquelas que fazem alusão ao Alzheimer. Mas, o que é o Alzheimer que tantos falam? É sabido que é uma doença relacionada ao esquecimento, mas será que é comum entre os jovens? Será que tem tratamento? É com o objetivo de esclarecer tais pontos que passaremos a discutir adiante a fim de termos um maior conhecimento sobre o assunto.
O Alzheimer é uma doença até então incurável e que se agrava ao longo do tempo, porém, se diagnosticada logo de início, pode ser tratada de forma a retardar seu avanço. A morte de células cerebrais é a responsável pelos principais sintomas da doença, que podem variar de perdas de memória, orientação, atenção e linguagem à demência. A doença é mais comum em idosos, porém casos em jovens já foram registrados.
Sabe-se que o depósito de uma proteína anormalmente produzida no cérebro, chamada beta-amiloide (formando as chamadas placas senis) e, os emaranhados neurofibrilares decorrentes da hiperfosforilação da proteína tau são as principais alterações cerebrais que caracterizam a doença, porém, não se sabe o real motivo que leva à produção anormal da beta-amiloide ou da hiperfosforilação da proteína tau levando consequentemente ao desenvolvimento da doença de Alzheimer. Outra alteração observada é a redução das sinapses (ligações entre os neurônios) e principalmente dos neurônios responsáveis pela memória e funções executivas, com redução progressiva do volume cerebral.
Acredita-se que alterações da substância acetilcolina presente no cérebro seja a responsável por partes dos sintomas da doença de Alzheimer. Logo, parte do tratamento dá-se pelo uso de drogas que inibam a degradação da mesma, tais como a rivastigmina, a donepezila e a galantamina, utilizadas atualmente no Brasil. Lembrando que esses medicamentos apenas causam uma melhora inicial dos sintomas e tornam a evolução da doença mais lenta. Além disso, outros medicamentos auxiliares específicos são necessários para o tratamento de possíveis sintomas comportamentais e psicológicos, tais como agressividade, alterações do sono, depressão, ansiedade, apatia, delírios e alucinações.
Bibliografia:
Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Disponível em: <http://www.abraz.org.br/>. Acesso em 30 de março de 2017.
Fontes das imagens:
Imagem de chamada: Disponível em: <https://dda-deficitdeatencao.com.br/imgcache/memoria-esquecimento.jpg>. Acesso em 30 de março de 2017.