A luta pela segurança pública


Segundo pesquisa realizada, em abril de 2014, pelo Índice de Progresso Social (IPS), dentre os 132 países analisados no Mundo, o Brasil ocupava a 11ª posição no ranking de países mais inseguros. O crescente aumento dos índices de violência e insegurança no Brasil tornam este assunto um dos principais pontos de entrave para o desenvolvimento da sociedade brasileira.

Os Jovens Líderes Globais (YGL, na sigla em inglês) – profissionais com menos de 40 anos que se destacam em diversas áreas, selecionados pelo Fórum Econômico Mundial – escolheram, este ano, mais três brasileiros para integrarem o grupo, somando ao todo dezessete (17). Dentre os escolhidos, destaca-se a ativista de segurança pública Ilona Szabó de Carvalho, que irá levar a falta de segurança pública como um problema mundial que deve ser solucionado para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Ainda na universidade, Ilona se interessou por políticas de segurança pública e drogas. Aos 22 anos, ela deixou o emprego em um banco de investimentos e conseguiu uma bolsa de estudos integral para estudar o tema na Suécia.

“Para mim foi um chamado. Eu andava pelas ruas do Rio, via toda a desigualdade e tinha uma inquietação muito grande com a questão da violência e das crianças que trabalhavam no tráfico de drogas. Isso foi suficiente para buscar algo que pudesse fazer pelo meu país”, contou a ativista em entrevista à BBC. “Meus pais me apoiaram, mas minha avó achava que eu era maluca.”

Nos anos 2000, ela coordenou a campanha de desarmamento no Brasil, junto com um referendo que visava proibir a venda de armas de fogo para os cidadãos. Atualmente, é também coordenadora-executiva do secretariado da Comissão Global de Políticas sobre Drogas. Agora, Ilona diz que sua missão no YGL é mostrar ao mundo do capital privado a importância de uma segurança pública eficiente e de políticas de drogas mais humanas e eficientes.

“Por mais dinheiro que você tenha, por mais que você queira comprar toda a possibilidade de segurança privada, de fato você nunca vai estar seguro enquanto a gente não conseguir que a segurança seja entendida como um bem público e seja para todos”, afirmou. “É uma missão bem desafiadora, mas eu aceito.”, concluiu.

Referências:

Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/04/brasil-e-o-11-pais-mais-inseguro-do-mundo-no-indice-de-progresso-social.html> Acesso em: 22/03/2015

Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/03/150317_brasileiros_lideres_globais_cc> Acesso em: 22/03/2015