O setor das indústrias de produtos cosméticos brasileiro faturou um valor líquidos de mais de US$90 milhões em 2016, ocupando assim, o terceiro lugar no ranking mundial; equivalendo a 11,4% do faturamento total das indústrias químicas.
Um grande responsável pelo avanço desse setor da indústria é o avanço da utilização de nanotecnologia, que é considerada como a uma grande revolução, em produtos cosméticos. A principal vantagem do uso da nanotecnologia aplicada aos cosméticos é a grande eficiência que esses têm nos produtos. As nanopartículas dos princípios ativos presentes nos cosméticos penetram mais profundamente na pele e adentram nas camadas epiteliais mais internas (figura 1), potencializando assim os efeitos dos cosméticos nas quais estão presentes. De acordo com Fronza et al (2007) a seguinte definição pode ser aplicada para um nanocosmético: “uma formulação cosmética que veicula ativos ou outros ingredientes nanoestruturados e que apresenta propriedades superiores quanto a sua performance em comparação com produtos convencionais”.
Figura 1. Comparação da ação entre um cosmético convencional e um cosmético com nanotecnologia.

FONTE: Maquel. <http://maquel.com.br/blog/2014/02/06/nanotecnologia-e-o-aumento-de-eficacia-em-cosmeticos/> Acesso em 19 de julho de 2017.
As principais nanopartículas cosméticas são: vitaminas A (renovador tecidual), C (antioxidante) e E (anti-radicais livres) e o ácido salicílico (peeling), assim cosmo os sistemas de entrega e condutores. Aliada a nanotecnologia, a nanobiotecnologia tem ganhado destaque no cenário dos cosméticos. Um exemplo dessa aplicação são aditivos antimicrobianos aplicados em cosméticos, que combatem as bactérias causadoras da acne.
O primeiro cosmético produzido com a nanotecnologia no mundo foi um creme hidratante anti-idade da Lancôme, empresa pertencente ao grupo L’Oréal, que continham nano-cápsulas de vitamina E na sua composição, em 1995. No Brasil, a empresa O Boticário foi a primeira a utilizar da nanotecnologia em seus produtos cosméticos; em 2005, lançou um creme anti-idade para os lábios, testas e olhos, que continha nanopartículas de vitaminas A, C e K.
Referências
TEXTÍLIA.NET. Desempenho da indústria química em 2016. Disponível em: <http://www.textilia.net/materias/ler/textil/mercado/desempenho_da_industria_quimica_em_2016>. Acesso em 19 de julho de 2017.
BARIL, M. B ; FRANCO, G. F ; VIANA, R. S ; ZANIN, S. M. W. Nanotecnologia aplicada aos cosméticos. Disponível em: <http://revistas.ufpr.br/academica/article/viewFile/30018/19403>. Acesso em 19 de julho de 2017.
TNSolution. Nanotecnologia na indústria de cosméticos. Disponível em: <http://tnsolution.com.br/2015/11/04/nanotecnologia-na-industria-de-cosmeticos>. Acesso em 19 de julho de 2017.