No dia vinte cinco de abril deste ano a atenção global voltou-se um minúsculo país encravado entre o Tibete (território disputado pela China) e Índia, cuja capital é Catmandu. Neste dia a terra tremeu neste pequeno país chegando a 7,8 pontos na Escala Richter o que equivale a uma explosão de 7,6 megatons, que correspondo a uma liberação de energia menos do que a “Little Boy”, uma das bombas lançadas sobre o Japão durando a Segunda Grande Guerra, que possuía 15 kilotons ou 0,015 megatons.
Figura 1. Localização do Nepal.
O resultado de toda essa energia liberada foi devastador. Estimasse que mais de 8.000 pessoas perderam suas vidas e mais 18.000 encontram-se feridas apenas ao terremoto. Apesar de ajudas internacionais provenientes de diversos países ao redor do Globo, fornecendo equipes de pessoal especializado, medicamentos e cães farejadores, esses números tendem a crescer com o passar do tempo.
O Nepal possui uma geografia montanhosa devido a Cordilheira do Himalaia e até abriga um campo base para a escalada do ponto mais elevado da Terra, o Monte Everest. Devido a esta geografia bastante acidentada se somar a falta de infraestrutura do país, e que foi severamente destruída pelo abalo sísmico, há ainda lugares em que a ajuda ainda não alcançou.
Figura 2. Geografia acidentada que dificulta a locomoção das operações de resgate.
Mas, como algo tão catastrófico pode ocorrer sem nenhum tipo de aviso?
Reduzindo teoria da deriva continental, nós estamos sobre imensas placas de rocha que compõem a crosta terrestre e que estão flutuando sobre magma. O Nepal está situado na fronteira das placas Indiana e Eurasiática.
Figura 3. Placas tectônicas.
Quando essas placas se movem elas liberam uma quantidade inacreditável de energia que, literalmente, podem erguer ou encolher montanhas.
Este pode ter sido o caso do Monte Everest. O ponto mais elevado da Terra pode ter encolhido cerca de 1 metro após o evento sísmico. Porém isto ainda está para ser confirmado através de GPS. Nos dados avaliados até agora, houve uma redução de 1,5 m de altura no pico do Monte. Além disso, as altitudes dos territórios próximos à Catmandu registraram uma elevação.
Uma liberação tão de energia como a ocorrida no Nepal foge à nossa capacidade de imaginação, portanto na galeria abaixo retirada do site do The New York Times pode nos ajudar a perceber o nível de destruição causada.
Figura 4. Antes e depois do terremoto.
A galeria completa pode ser acessada no site: http://www.nytimes.com/interactive/2015/04/25/world/asia/nepal-landmarks-before-after-earthquake.html. Caso você, leitor, deseje ajudar, você pode se informar de como você pode ajudar atrás deste site: http://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsocial/2015/04/1621876-veja-como-fazer-doacoes-para-as-vitimas-do-terremoto-no-nepal.shtml.
Referências
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/05/150511_nepal_himalaia_hb#orb-banner Acesso em 12/05/2015 as 08:46.
http://www.mundoeducacao.com/geografia/placas-tectonicas.htm Acesso em 12:05/2015 às 08:46.
http://www.britannica.com/EBchecked/topic/373077/megaton. Acesso em 12/05/2015 às 08:46.