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PROJETO SIRIUS


Você conhece a luz que fará o Brasil brilhar ainda mais no meio científico e tecnológico? Se não, vamos conhecer o Projeto Sirius.

A construção do novo acelerador de terceira geração do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, está a pleno vapor. Chamado Projeto Sirius, ele deve ficar pronto em 2016 e estar disponível para toda a comunidade científica em 2017. A informação foi dada por Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho, durante conferência da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Recife.

O custo total do projeto, batizado como Sirius (nome da estrela mais brilhante no céu), é estimado em R$ 650 milhões, com o primeiro feixe de luz previsto para 2016. Atrairá pesquisadores do mundo todo, visto que será a única instalação desse tipo na América Latina e a segunda do hemisfério Sul a trabalhar com a luz síncroton. “Se você pensar numa infraestrutura dedicada exclusivamente à pesquisa, o Sirius certamente é o maior”, diz o físico Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron).

Como funcionará o Sirius?

O acelerador de partículas Sirius será mais de cinco vezes maior do que o atual, o UVX, e muito mais potente: enquanto o acelerador de segunda geração trabalha com energia operacional de 1,37 bilhão de elétrons-volts (GeV), o novo equipamento será operado a uma energia de 3 bilhões de elétrons-volts. Com isso, o feixe gerado pelo Sirius terá um brilho muito maior, beneficiando a comunidade científica e proporcionando mais confiabilidade e novas aplicações.

Os elétrons a serem acelerados são gerados pelo aquecimento de uma liga metálica e, em seguida, enviados para o anel de aceleração, onde a partícula ganha velocidade antes de ser repassada para o anel principal. No principal, os elétrons viajam por tubos de vácuo a uma velocidade próxima à da luz, e suas trajetórias são conduzidas com a ajuda de mais de mil ímãs espalhados pelo caminho.

O Sirius é uma máquina que acelera elétrons a velocidades próximas da luz, para produzir uma luz chamada “síncrotron”, usada para estudar a estrutura atômica de materiais.

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Fonte: brasil.gov.br.

A luz síncroton é um tipo de radiação eletromagnética, definida pela sua frequência de onda (ou espectro). A luz síncrotron é uma radiação de amplo espectro, que abrange desde o infravermelho até os raios X. A luz do Sirius será milhões de vezes mais brilhante do que a do acelerador atual, com um alcance de energia que chegará aos raios X duros, de maior energia, para penetrar materiais mais espessos.

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Sirius X LHC

Apesar de o Sirius ser um acelerador de partículas também, ele possui características diferentes do grandioso LHC. Ele não irá colidir partículas, irá estudar física de materiais e de moléculas biológicas, com o objetivo de atender à demanda de ciência e tecnologia do país e gerar oportunidades para que as indústrias possam inovar em pesquisas.A luz é gerada pela aceleração de elétrons, que viajam dentro de um anel de 518 metros de comprimento (165 metros de diâmetro) a uma velocidade muito próxima (99,999999%) da velocidade da luz, que é de aproximadamente 300 mil km/s. A diferença do Grande Colisor de Hádrons (LHC) na Europa e de outros é que os elétrons, neste caso, não se chocam uns contra os outros em nenhum momento; viajam todos na mesma direção.

 

Pioneirismo:
Será a única máquina do tipo na América Latina e apenas a segunda no Hemisfério Sul, além de uma na Austrália. Mais do que isso, suas especificações técnicas deverão colocá-la na linha de frente das melhores fontes de luz síncrotron do mundo. “O Sirius será a máquina de maior brilho na sua classe de energia”, garante o físico Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron).

A máquina pode trazer para o Brasil avanços tecnológicos importantíssimos, desde a área de cosméticos, medicamentos até a arqueologia. E deverá ter o patrocínio disputado por várias empresas, que ganharão o direito de utilizá-la em suas pesquisas. E essa parceria será um passo importante para o futuro tecnológico do Brasil.

Acesse este vídeo para melhor compreensão: https://www.youtube.com/watch?v=nAFtL2xJRT4

 

Referências

<http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/07/1315724-acelerador-de-particulas-em-campinas-aguarda-recursos.shtml> Acesso em: 17 mar. 2014, às 06h30min.

(Vídeo) <http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2014/02/novo-acelerador-de-particulas-sera-cinco-vezes-maior-que-o-atual> Acesso em: 18 mar. 2014, às 20h05min.

(Foto 1) <http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2014/02/novo-acelerador-de-particulas-sera-cinco-vezes-maior-que-o-atual> Acesso em: 19 mar. 2014, às 10h34min.

<http://blogs.estadao.com.br/herton-escobar/sirius-o-maior-projeto-da-ciencia-brasileira-parte-1-de-2/> Acesso em: 19 mar. 2014, às 13h45min.

<http://www.estadao.com.br/especiais/projeto-sirius-o-novo-acelerador-de-particulas,199796.htm> Acesso em: 18 mar. 2014, às 12h15min.

<http://www.tecmundo.com.br/fisica/39687-sirius-o-acelerador-de-particulas-brasileiro.htm> Acesso em: 19 mar. 2014, às 12h30min.